E o pejoteiro saiu a pejotar

E o pejoteiro lembrou aquilo que disse Jorge Boran sobre as “etapas percorridas”. Ele olhou para a sua própria história pastoral e se admirou ao perceber que tudo então fazia sentido, desde a convocação ao grupo de jovens, a nucleação, as reuniões todos os domingos, os retiros, as discussões, as festas, as formações, os encontrões e os encontrinhos… Tudo estava claro agora.E ele lembrou também sobre o que a Carmem Lucia dizia a respeito da importância da vivência no grupo e na comunidade. E ele pode entender que tudo o que partilhou em sua capela, com aquela gente simples que celebrava e refletia sobre a vida e a missão de Jesus também fazia todo o sentido agora.Foi na restauração destas lembranças que ele fez memória da frase do Hilário Dick que dizia que a história de um povo é a sua coluna vertebral. Foi olhando para sua própria “coluna” que o pejoteiro percebeu que havia muito ainda para poder caminhar.

Por fim, o pejoteiro lembrou também o que disse o Gisley: “Vamos juntos gritar, girar o mundo. Chega de violência e extermínio de jovens”. O pejoteiro olhou para seu passado, sua história e olhou também para seu presente. Há tanta gente que precisa conhecer o que ele viveu, há tantos que podem fazer esta mesma experiência, mas não a fazem porque nunca ouviram falar de Pastoral de Juventude. Há tanto bem para ser feito.

Então o pejoteiro tomou uma decisão. Ele pegou sua Bíblia, suas fichas de dinâmicas, seus livros sobre pastoral e sobre juventude, sua pasta de cantos, seu violão e muitos papéis coloridos, fitas, panos, bandeiras, botões, cola e tesoura. Ele iria partir em missão. Tinha muitas sementes que gostaria de lançar. E o pejoteiro saiu a pejotar.

Num primeiro momento chegou num grupo fantástico. A turma era dinâmica e alegre. Ele chegou e se apresentou. Embora eles não soubessem o que significava ser pejoteiro, o jovem foi acolhido de uma forma exemplar. Lá ele aprendeu e ensinou coisas. Foi uma experiência bacana estar com eles. Saiu de lá fortalecido. E deixou um grupo mais animado ainda.

Chegou num segundo grupo. Passou um tempo com eles. Ele falou, provocou, tocou, cantou, fez dinâmicas, mas não sentia profundidade neles. Quando parecia que a ideia lançada ali ia produzir algo, logo a proposta morria. E o pejoteiro achou suas sementes preciosas demais para serem gastos com jovens sem tanta acolhida.

E partiu novamente para sua missão num terceiro grupo. E ficou bastante tempo com eles também. E foi percebendo que embora as propostas que ele chegou a lançar ali parecessem surtir algum efeito, na verdade ninguém as assumia de fato. Os jovens dali tinham tantas opções, que não priorizaram o que o pejoteiro havia proposto. Quando havia conflitos de interesses ou as datas batiam, suas propostas, embora bem acolhidas, não vingavam. E o pejoteiro achou novamente que suas sementes eram preciosas demais para serem desperdiçadas com jovens com outras prioridades.

Mas quando chegou no quarto grupo se deparou com uma situação ainda pior. Por mais que ele insistisse, por mais criativo que ele fosse, não importava quantas piruetas desse ou quais músicas cantasse, o grupo não saia do marasmo. A proposta lançada parecia não surtir efeito. Eram como sementes jogadas num concreto seco e quente. Nada vingava ali. E o pejoteiro partiu novamente.

Voltou para sua capela. Precisava recarregar as baterias. Participou então de um círculo bíblico. Eles refletiam o segundo capítulo de Mateus. E um versículo soou para ele como uma epifania: “As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes”. Foram as palavras de Jesus que lhe deram um ânimo novo. O problema não era o que fazia, as dinâmicas que usava ou a música cantada. Muito menos o problema estava na sabedoria e na vontade do pejoteiro. Era preciso tratar da doença. Ir até as causas e não olhar somente para as consequências.

A realidade de cada grupo foi pouco valorizada por ele. O problema era o “como”. Cada um dos grupos merecia um tratamento e uma abordagem diferente de acordo com o chão em que ele pisava. A semente que ele lançava era importante? Claro que era. Mas um bom agricultor sabe cuidar da terra antes do plantio. Assim, ele pode tirar as pedras, adubar e revirar aquelas pouco profundas, como também pode retirar os espinhos que sufocam as plantinhas recém brotadas e carpir o mato que brotava junto com elas. E mesmo que seja uma superfície de concreto, não há nada que o tempo, a chuva e o vento não faça brotar nas rachaduras. Há sempre de se encontrar as brechas.

E o pejoteiro, criativo como era, voltou. E antes de lançar as sementes procurou conhecer a realidade dos grupos por onde passava. Tão importante quanto apresentar a proposta e motivar sua vivência é conhecer o chão que se pisa. Só assim se pode por a mão na massa com eficiência, ousadia e confiança.

BANDA RENASCER -PJMP

BANDA RENASCER -PJMP

E COM MUITA ALEGRIA QUE APRESENTAMOS O NOSSO SITE,(http://www.bandarenascer.xpg.com.br/) AQUI TEM UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA E MUITO DE NOSSAS VIDAS, RETRATADA EM NOSSAS LETRAS E MELODIAS, EM FOTOS DE MOMENTOS ETERNIZADOS POR TEREM SIDOS VIVIDOS INTENSAMENTE.

NOS SOMOS, JOVENS, NOS SOMOS POVO,NOS SOMOS PJMP E NOS ORGULHAMOS DE FAZER ACONTECER! CANTAMOS A VIDA, A ESPERANÇA E A ATITUDE! DEFENDEMOS A IGUALDADE E AS PARTICULARIDADES. E APESAR DE PARECER UTÓPICO DESEJAMOS E BUSCAMOS ATRAVÉS DE NOSSAS CANÇÕES UM MUNDO MELHOR!!!

OLHAR DIFERENCIADO

Bom, andei um pouco sumida, sintoma da vida corriqueira, espero que os grupos de jovens estejam de vento em polpa. Vamos prosear um pouco minha gente?

O tema da nossa coluna será um olhar diferenciado. Em visto a vida moderna, estamos cada vez mais distantes de nós mesmos e dos outros. Quando falo desta distância refiro-me ao contato pessoal e não o virtual, não escrevemos mais cartas, bilhetes, não vemos o nascer do sol, as estrelas e perdemos os detalhes mais simples que nos diz a todo instante sobre o que é o amor universal e nos revela o rosto do Cristo.

Os encontros do grupo tende a ser em torno da vida, sendo assim não se trata de apenas um momento para encontro, mas sim um momento de celebração da vida, de ideais, sonhos, conquistas e dificuldades. Os encontros não devem ficar só na igreja, ele acontece por meio de passeios, visitas, participação nas missas, ajuda em pastorais, conselhos, associação de bairro e outros.


“Pois a juventude que sabe guardar. Do amor e da vida não vai descuidar… Se a juventude viesse a faltar o rosto de deus iria mudar”. Jorge Trevisol.

Acompanhamento musical: percussão

Paz e bem a todos, gente boa, hoje falaremos um pouco dos instrumentos de percussão. A música é cativante em si, mas quando cabe o acompanhamento de um instrumento isso a torna mais perceptível e bela.

A lógica é a sintonia, não adianta muito instrumento e pouca sabedoria, é necessário interação e apropriação da música por parte de quem a toca.

Alguns instrumentos são fáceis de adquirir e marcam bem o compasso (meia-lua, pandeiro e outros) para encontros juvenis como luais e cirandas são excelentes para expressar a vitalidade jovem e sopro da vida.

Olha o ano novo ai gente

2011 chegou e com ele as expectativas de que tudo vai dar certo.

Juventude querida alguns grupos de jovens não se reúnem em janeiro (o que fica a critério do grupo), mas, para aqueles que se reúnem viso à importante oportunidade de levar o grupo a planejar o novo ano, a colocar no papel as propostas e estratégias.

Início de ano é um momento propício de se fazer planos, de analisar fatos e sugerir mudanças. É época de férias escolares e idéias fluem, além de não permitir uma dispersão entre os membros.

Para incentivo deixo como sugestão de reflexão a música de Osvaldo Montenegro “A LISTA”. Aproveitem. Bom ano.

A LISTA

Faça uma lista de grandes amigos

Quem você mais via há dez anos atrás

Quantos você ainda vê todo dia

Quantos você já não encontra mais

Faça uma lista dos sonhos que tinha

Quantos você desistiu de sonhar

Quantos amores jurados pra sempre

Quantos você conseguiu preservar

Onde você ainda se reconhece

Na foto passada ou no espelho de agora

Hoje é do jeito que achou que seria?

Quantos amigos você jogou fora

Quantos mistérios que você sondava

Quantos você conseguiu entender?

Quantos segredos que você guardava

Hoje são bobos ninguém quer saber

Quantas mentiras você condenava

Quantas você teve que cometer

Quantos defeitos sanados com o tempo

Eram o melhor que havia em você

Quantas canções que você não cantava

Hoje assobia pra sobreviver

Quantas pessoas que você amava

Hoje acredita que amam você.

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Vivendo o Natal

Olá a todos, espero que tenham passado bem o natal e a virada de ano e que a alegria desses momentos perpetue por todo o nosso ano.

Ainda estamos vivenciando o espírito natalino, onde semanas atrás as pessoas se olham com ternura e felizes, as famílias se reúnem e tudo é festa.

Querida juventude em um mundo em que os valores se perdem e o sentido se renova é importante trabalharmos em nossos grupos o significado do tempo natalino, no sentido de motivar as boas ações, a acolhida, à união não só em época como essa, mas como práxis.

Além de retomar o fato histórico que não implica apenas no nascimento de Jesus é bom que o grupo firme propostas concretas que se fortalecem pelo vínculo, quem sabe encontros posteriores que fizessem memória do acontecimento vivenciado pelos membros do grupo.

Harmonia em nossas comunidades eclesiais

Olá juventude de fé, com imenso prazer volto a refletir com vocês aspectos ligados a liturgia, á nossas vidas, afinal ela indica vida e reflete nossas ações como cristãos. Vocês já perceberam que em nossas comunidades falta muita coisa atualmente? Pois é galera, não me refiro á questões materiais, mas sim de harmonia e união.

Temos em mente que a questão da arquitetura das igrejas atuais mudou devido às necessidades que trazem a realidade, os espaços onde nos encontramos e chamamos casa do Senhor e nossa igreja ultimamente vem perdendo o sentido de encontro, as pastorais e movimentos não se entendem e a convivência se torna desafiadora.

Trago como estudo uma música de Zé Vicente que deveria ser a realidade de todas as comunidades de fé, mas que muitas das vezes se perde pelo caminho.

É BONITA DEMAIS

Zé vicente

É bonita demais, é bonita demais. A mão de quem conduz a bandeira da paz.

1- É a paz verdadeira que vem da justiça, irmão,

É a paz da esperança que nasce de dentro do coração!

2- É a paz da verdade, da pura irmandade do amor,

Paz da comunidade que busca igualdade, ô, ô, ô!

3- Paz é graça e presente, na vida da gente de fé.

Paz do onipotente, Deus da nossa frente. Axé!

A paz que tanto anunciamos deve ser vivência comunitária. E em sua comunidade como vão as pastorais que a compõem? Existe respeito e sintonia entre palavras e atos? As pastorais se relacionam bem? Qual é a maior dificuldade do grupo em relação à comunidade? Há participação de todos?

Por Marilza Bonifácio

Fé e justiça sempre