E o pejoteiro saiu a pejotar

E o pejoteiro lembrou aquilo que disse Jorge Boran sobre as “etapas percorridas”. Ele olhou para a sua própria história pastoral e se admirou ao perceber que tudo então fazia sentido, desde a convocação ao grupo de jovens, a nucleação, as reuniões todos os domingos, os retiros, as discussões, as festas, as formações, os encontrões e os encontrinhos… Tudo estava claro agora.E ele lembrou também sobre o que a Carmem Lucia dizia a respeito da importância da vivência no grupo e na comunidade. E ele pode entender que tudo o que partilhou em sua capela, com aquela gente simples que celebrava e refletia sobre a vida e a missão de Jesus também fazia todo o sentido agora.Foi na restauração destas lembranças que ele fez memória da frase do Hilário Dick que dizia que a história de um povo é a sua coluna vertebral. Foi olhando para sua própria “coluna” que o pejoteiro percebeu que havia muito ainda para poder caminhar.

Por fim, o pejoteiro lembrou também o que disse o Gisley: “Vamos juntos gritar, girar o mundo. Chega de violência e extermínio de jovens”. O pejoteiro olhou para seu passado, sua história e olhou também para seu presente. Há tanta gente que precisa conhecer o que ele viveu, há tantos que podem fazer esta mesma experiência, mas não a fazem porque nunca ouviram falar de Pastoral de Juventude. Há tanto bem para ser feito.

Então o pejoteiro tomou uma decisão. Ele pegou sua Bíblia, suas fichas de dinâmicas, seus livros sobre pastoral e sobre juventude, sua pasta de cantos, seu violão e muitos papéis coloridos, fitas, panos, bandeiras, botões, cola e tesoura. Ele iria partir em missão. Tinha muitas sementes que gostaria de lançar. E o pejoteiro saiu a pejotar.

Num primeiro momento chegou num grupo fantástico. A turma era dinâmica e alegre. Ele chegou e se apresentou. Embora eles não soubessem o que significava ser pejoteiro, o jovem foi acolhido de uma forma exemplar. Lá ele aprendeu e ensinou coisas. Foi uma experiência bacana estar com eles. Saiu de lá fortalecido. E deixou um grupo mais animado ainda.

Chegou num segundo grupo. Passou um tempo com eles. Ele falou, provocou, tocou, cantou, fez dinâmicas, mas não sentia profundidade neles. Quando parecia que a ideia lançada ali ia produzir algo, logo a proposta morria. E o pejoteiro achou suas sementes preciosas demais para serem gastos com jovens sem tanta acolhida.

E partiu novamente para sua missão num terceiro grupo. E ficou bastante tempo com eles também. E foi percebendo que embora as propostas que ele chegou a lançar ali parecessem surtir algum efeito, na verdade ninguém as assumia de fato. Os jovens dali tinham tantas opções, que não priorizaram o que o pejoteiro havia proposto. Quando havia conflitos de interesses ou as datas batiam, suas propostas, embora bem acolhidas, não vingavam. E o pejoteiro achou novamente que suas sementes eram preciosas demais para serem desperdiçadas com jovens com outras prioridades.

Mas quando chegou no quarto grupo se deparou com uma situação ainda pior. Por mais que ele insistisse, por mais criativo que ele fosse, não importava quantas piruetas desse ou quais músicas cantasse, o grupo não saia do marasmo. A proposta lançada parecia não surtir efeito. Eram como sementes jogadas num concreto seco e quente. Nada vingava ali. E o pejoteiro partiu novamente.

Voltou para sua capela. Precisava recarregar as baterias. Participou então de um círculo bíblico. Eles refletiam o segundo capítulo de Mateus. E um versículo soou para ele como uma epifania: “As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes”. Foram as palavras de Jesus que lhe deram um ânimo novo. O problema não era o que fazia, as dinâmicas que usava ou a música cantada. Muito menos o problema estava na sabedoria e na vontade do pejoteiro. Era preciso tratar da doença. Ir até as causas e não olhar somente para as consequências.

A realidade de cada grupo foi pouco valorizada por ele. O problema era o “como”. Cada um dos grupos merecia um tratamento e uma abordagem diferente de acordo com o chão em que ele pisava. A semente que ele lançava era importante? Claro que era. Mas um bom agricultor sabe cuidar da terra antes do plantio. Assim, ele pode tirar as pedras, adubar e revirar aquelas pouco profundas, como também pode retirar os espinhos que sufocam as plantinhas recém brotadas e carpir o mato que brotava junto com elas. E mesmo que seja uma superfície de concreto, não há nada que o tempo, a chuva e o vento não faça brotar nas rachaduras. Há sempre de se encontrar as brechas.

E o pejoteiro, criativo como era, voltou. E antes de lançar as sementes procurou conhecer a realidade dos grupos por onde passava. Tão importante quanto apresentar a proposta e motivar sua vivência é conhecer o chão que se pisa. Só assim se pode por a mão na massa com eficiência, ousadia e confiança.

BANDA RENASCER -PJMP

BANDA RENASCER -PJMP

E COM MUITA ALEGRIA QUE APRESENTAMOS O NOSSO SITE,(http://www.bandarenascer.xpg.com.br/) AQUI TEM UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA E MUITO DE NOSSAS VIDAS, RETRATADA EM NOSSAS LETRAS E MELODIAS, EM FOTOS DE MOMENTOS ETERNIZADOS POR TEREM SIDOS VIVIDOS INTENSAMENTE.

NOS SOMOS, JOVENS, NOS SOMOS POVO,NOS SOMOS PJMP E NOS ORGULHAMOS DE FAZER ACONTECER! CANTAMOS A VIDA, A ESPERANÇA E A ATITUDE! DEFENDEMOS A IGUALDADE E AS PARTICULARIDADES. E APESAR DE PARECER UTÓPICO DESEJAMOS E BUSCAMOS ATRAVÉS DE NOSSAS CANÇÕES UM MUNDO MELHOR!!!

OLHAR DIFERENCIADO

Bom, andei um pouco sumida, sintoma da vida corriqueira, espero que os grupos de jovens estejam de vento em polpa. Vamos prosear um pouco minha gente?

O tema da nossa coluna será um olhar diferenciado. Em visto a vida moderna, estamos cada vez mais distantes de nós mesmos e dos outros. Quando falo desta distância refiro-me ao contato pessoal e não o virtual, não escrevemos mais cartas, bilhetes, não vemos o nascer do sol, as estrelas e perdemos os detalhes mais simples que nos diz a todo instante sobre o que é o amor universal e nos revela o rosto do Cristo.

Os encontros do grupo tende a ser em torno da vida, sendo assim não se trata de apenas um momento para encontro, mas sim um momento de celebração da vida, de ideais, sonhos, conquistas e dificuldades. Os encontros não devem ficar só na igreja, ele acontece por meio de passeios, visitas, participação nas missas, ajuda em pastorais, conselhos, associação de bairro e outros.


“Pois a juventude que sabe guardar. Do amor e da vida não vai descuidar… Se a juventude viesse a faltar o rosto de deus iria mudar”. Jorge Trevisol.

Acompanhamento musical: percussão

Paz e bem a todos, gente boa, hoje falaremos um pouco dos instrumentos de percussão. A música é cativante em si, mas quando cabe o acompanhamento de um instrumento isso a torna mais perceptível e bela.

A lógica é a sintonia, não adianta muito instrumento e pouca sabedoria, é necessário interação e apropriação da música por parte de quem a toca.

Alguns instrumentos são fáceis de adquirir e marcam bem o compasso (meia-lua, pandeiro e outros) para encontros juvenis como luais e cirandas são excelentes para expressar a vitalidade jovem e sopro da vida.

Olha o ano novo ai gente

2011 chegou e com ele as expectativas de que tudo vai dar certo.

Juventude querida alguns grupos de jovens não se reúnem em janeiro (o que fica a critério do grupo), mas, para aqueles que se reúnem viso à importante oportunidade de levar o grupo a planejar o novo ano, a colocar no papel as propostas e estratégias.

Início de ano é um momento propício de se fazer planos, de analisar fatos e sugerir mudanças. É época de férias escolares e idéias fluem, além de não permitir uma dispersão entre os membros.

Para incentivo deixo como sugestão de reflexão a música de Osvaldo Montenegro “A LISTA”. Aproveitem. Bom ano.

A LISTA

Faça uma lista de grandes amigos

Quem você mais via há dez anos atrás

Quantos você ainda vê todo dia

Quantos você já não encontra mais

Faça uma lista dos sonhos que tinha

Quantos você desistiu de sonhar

Quantos amores jurados pra sempre

Quantos você conseguiu preservar

Onde você ainda se reconhece

Na foto passada ou no espelho de agora

Hoje é do jeito que achou que seria?

Quantos amigos você jogou fora

Quantos mistérios que você sondava

Quantos você conseguiu entender?

Quantos segredos que você guardava

Hoje são bobos ninguém quer saber

Quantas mentiras você condenava

Quantas você teve que cometer

Quantos defeitos sanados com o tempo

Eram o melhor que havia em você

Quantas canções que você não cantava

Hoje assobia pra sobreviver

Quantas pessoas que você amava

Hoje acredita que amam você.

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Vivendo o Natal

Olá a todos, espero que tenham passado bem o natal e a virada de ano e que a alegria desses momentos perpetue por todo o nosso ano.

Ainda estamos vivenciando o espírito natalino, onde semanas atrás as pessoas se olham com ternura e felizes, as famílias se reúnem e tudo é festa.

Querida juventude em um mundo em que os valores se perdem e o sentido se renova é importante trabalharmos em nossos grupos o significado do tempo natalino, no sentido de motivar as boas ações, a acolhida, à união não só em época como essa, mas como práxis.

Além de retomar o fato histórico que não implica apenas no nascimento de Jesus é bom que o grupo firme propostas concretas que se fortalecem pelo vínculo, quem sabe encontros posteriores que fizessem memória do acontecimento vivenciado pelos membros do grupo.

Harmonia em nossas comunidades eclesiais

Olá juventude de fé, com imenso prazer volto a refletir com vocês aspectos ligados a liturgia, á nossas vidas, afinal ela indica vida e reflete nossas ações como cristãos. Vocês já perceberam que em nossas comunidades falta muita coisa atualmente? Pois é galera, não me refiro á questões materiais, mas sim de harmonia e união.

Temos em mente que a questão da arquitetura das igrejas atuais mudou devido às necessidades que trazem a realidade, os espaços onde nos encontramos e chamamos casa do Senhor e nossa igreja ultimamente vem perdendo o sentido de encontro, as pastorais e movimentos não se entendem e a convivência se torna desafiadora.

Trago como estudo uma música de Zé Vicente que deveria ser a realidade de todas as comunidades de fé, mas que muitas das vezes se perde pelo caminho.

É BONITA DEMAIS

Zé vicente

É bonita demais, é bonita demais. A mão de quem conduz a bandeira da paz.

1- É a paz verdadeira que vem da justiça, irmão,

É a paz da esperança que nasce de dentro do coração!

2- É a paz da verdade, da pura irmandade do amor,

Paz da comunidade que busca igualdade, ô, ô, ô!

3- Paz é graça e presente, na vida da gente de fé.

Paz do onipotente, Deus da nossa frente. Axé!

A paz que tanto anunciamos deve ser vivência comunitária. E em sua comunidade como vão as pastorais que a compõem? Existe respeito e sintonia entre palavras e atos? As pastorais se relacionam bem? Qual é a maior dificuldade do grupo em relação à comunidade? Há participação de todos?

Por Marilza Bonifácio

Fé e justiça sempre

É missão de todos nós

Paz e bem juventude, acredito que muitos de vocês tenham pensado: conheço este título de algum lugar! Realmente conhecem o título é nome de uma música belíssima que citarei, mas adiante, antes vamos falar das missões, neste mês de outubro a igreja costuma dar mais ênfase a questão missionária.

No assunto anterior tratamos sobre a harmonia entre os membros da comunidade eclesial, a falta de sintonia que muitas das vezes dificulta a missão da vida. Reconhecendo a importância da vida comunitária, a união entre os pertencentes e a paz que está relação traz, vamos falar da missão juvenil! No final do tema anterior deixei umas perguntas que nos fazem refletir sobre a prática, independente de nossas respostas como tem sido a participação de nós jovens para que a paz aconteça e as coisas se concretizem? Como jovens temos nos assumido como autores de nossa história e da história de nossa igreja? Somos chamados e como seres livres, respondemos ser missionário exige muito de nós, é preciso coragem, escolhas, persistência e veracidade no que fazemos, como jovens é necessário que arrisquemos,enfrentando os desafios á nosso estilo criativo e disposto, mas muitas das vezes também indignado e incomodando quando necessário.

Que a missão nos conduza e impulsione a dar passos ainda maiores, juventude. Abaixo deixo a letra da música, pode ser usado nos encontros juvenis e também nos finais das celebrações deste mês, espero que gostem:

Missão de todos nós

1- O Deus que me criou me quis me consagrou/para anunciar o seu amor./Eu sou como chuva em terra seca pra saciar,/fazer brotar eu vivo pra amar e pra servir!

E missão de todos nós Deus chama, eu quero ouvir a sua voz!

2- Eu sou como a flor por sobre o muro/Eu tenho mel, sabor do céu/Eu vivo para amar e pra servir.

3- Eu sou como estrela em noite escura./Eu levo a luz sigo a Jesus. Eu vivo pra amar e pra servir.

4- Eu sou. Sou profeta da verdade./canto a justiça e a liberdade./Eu vivo para amar e pra servir!

FORMANDO SERES SOCIAIS

Olá jovens! Seguindo a intenção de análise ás letras das danças circulares como feito anteriormente, sugiro para o trabalho do tema de participação social a música abaixo do Leon. A música é muito interessante, pois, mostra o olhar para a realidade, onde as preces a Deus não é mais individualizada e passiva, ao modo que o pedido é de sensibilidade ao outros, ao meio.

Pode ser utilizada em grupos que estão iniciando, será significativo, proporcionando ao grupo a refletir e responder questões de direcionamento como: Onde estamos? O que somos?Aonde queremos chegar? Qual é o nosso objetivo? A idéia pode ser de identidade do grupo, podendo ser utilizado imagens, fotos da realidade local ou mesmo sugerir a escrita de um epitáfio.

Veja o video

Eu só peço a Deus

Leon Gleco

Eu só peço a Deus,/Que a dor não me seja indiferente,/Que a morte não me encontre um dia,/Solitário, sem ter feito o que eu queria. (bis)

Eu só peço a Deus, / Que a injustiça não me seja indiferente,/Pois não posso dar a outra face,/ Se já fui machucado brutamente.

Eu só peço a Deus,/ Que a guerra não me seja indiferente, /É um mostro grande, pisa forte, /Toda fome e inocência dessa gente. (bis)

Eu só peço a Deus, /Que a mentira não me seja indiferente,/Se um só traidor tem mais poder que um povo, /Que esse povo não esqueça facilmente.

Eu só peço a Deus, / Que o futuro não me seja indiferente,/Sem ter que fugir desenganado,/Pra viver uma cultura diferente.

Solo lê pido a Dios,/Que La guerra no me sea indiferente, / Es um monstro grande y pisa fuerte,/Toda La pobre inocência de La gente.

CULTURAS, A LETRA DAS DANÇAS CIRCULARES

Olá galera, vocês devem estar pensando: que tipo de letra mais estranha estes danças tem. A letra é mesmo diferente, se trata de mostrar a realidade, é pé no chão, nos permite perceber a diversidade e o importante ecumenismo.

Devemos ter cuidado ao fazer tal avaliação, sabemos que nossa cultura e língua têm influências diversas e que mesmo que não gostamos ou aceitamos, ela persiste em nossas raízes, por isso é importante conhecermos para não discriminar, para que aja respeito.

Como percebemos os refrões são bem curtos e têm em sua letra a vontade comum á todas as raças. Alguns têm origem hebraica e possui também outros com origem afro-brasileira, como é o caso da mamãe oxum, eles retratam a cultura de um povo e respeitam nossas origens em lembrar-se de grupos importantes como os índios, primeiros habitantes da mãe terra.

O importante é ressaltar a força da vida que habita em todos nós, independente do caminho que optamos em seguir. Viva a diversidade e que persevere o respeito também em nós jovens autênticos e compromissados para com um mundo melhor, mais humano, mais jovem.

DANÇAS CIRCULARES

E ai juventude, beleza? Espero que sim. Vamos continuar a nossa conversa e falaremos atualmente das danças circulares. Pois é, sabemos que em nossos grupos de jovens as experiências são muitas, amizades, interação, responsabilidade, dificuldades, mas também muita alegria de compartilharmos nossa história.

Há aqueles momentos que são difíceis de serem explicados, que simboliza apenas a alegria e a força de estarmos juntos, neste linear é que entram as danças circulares, tais danças, como o nome sugere, acontecem em círculos onde facilita a observação e a visualização do outro, expressam a vitalidade e promove ao grupo momento de prazer e distração.

Temos como referência no Ofício Divino da Juventude, nele se encontra todas as danças citadas abaixo do qual citarei a letra:

SUBSÍDIO: COLEÇÃO NA TRILHA DO GRUPO DE JOVENS

Shalom a todo juventude. Pessoal desta vez vamos falar sobre uma coleção muito bacana que vem auxiliando alguns grupos de jovens, estamos falando da coleção Na trilha do grupo de jovens.

Essa coleção tem ajudado bastante aos grupos e aos jovens que pretendem formar grupo de jovens, são cinco livrinhos do qual cada um é inspirado na mística por onde Jesus passou: Emaús, Jerusalém, Nazaré, Samaria e Betânia (e está sendo lançado o 6º Belém).

A dinâmica destes livrinhos é muito boa, foi feita justamente para o jovem e teve participação juvenil, quando trago tal coleção para temático, gostaria de citá-lo como bom subsidio aos grupos, principalmente naquele aspecto que vimos nas colunas passadas, em relação ao uso das músicas no grupo.

Toda a coleção vem acompanhada, na verdade intercalada com músicas populares de artistas inteligentes como Zé Vicente, Milton Nascimento, Marisa Monte, Titãs, Legião Urbana e outros. As músicas são bem a realidade juvenil, traz o que o jovem gosta, ouve e canta.

É isso ai galera, o subsidio Na trilha está à disposição no blog e vem sido oferecido cursos na região de Belo Horizonte para o uso do mesmo (promovido pelo IPJ, Centro Marista de Juventude e Pastoral da Juventude de BH). Bons encontros e qualquer dúvida entrem em contato conosco. Fui.

Por Marilza Bonifácio

Fé e justiça sempre

O PAPEL DO ANIMADOR

Paz e bem gente amiga, é com imensa alegria que volto a falar com vocês sobre aspectos referentes à música pastoral. Hoje vamos prosear sobre o papel daquela pessoa que se encarrega de “animar o encontro”. O papel do animador, termo usados por muitos, não é nada mais do que motivar o grupo ou a assembléia, a pessoa que exerce tal ministério não deve estar à frente para aparecer, mas sim de motivar a todos a participarem tornando se parte do que celebramos.

O canto deve ser uno em comunhão com todos, mesmo reconhecendo as diferentes personalidades marcadas por diferentes timbres. A questão da dispersão das pessoas e atuação passiva vem de uma cultura marcada pelo os desencontros de línguas, de objetivo comum, em épocas anteriores a missa, por exemplo, era rezado em latim o padre de costas, e a pessoas não entendiam e assim cada qual do seu jeito cultuava o seu Deus. Com o passar do tempo, graças a Deus e ao homem com sua racionalidade, adaptou a tradução a diversas línguas e as pessoas hoje cantam a mesma letra, se olham e se entende.

O que quero mostrar é que onde temos a deficiência cria-se formas de amenizá-las, ai entra o animador, que tempos atrás fazia o papel de catequizar, ensinar o povo a se comportar ou simplesmente aparecer, mostrar o dom que Deus lhe deu e o quanto ele o faz bem, como há sempre um dia após o outro, o papel do “animador” vem assumindo perante a igreja e seus órgãos outro sentido, o sentido de proporcionar as pessoas o sentimento e consciência de pertença, de protagonismo cristão.

É JUVENTUDE, é bom que nos policiemos em questão a isso, se não, corremos o risco de excluir jovens de nosso grupo, de nossas comunidades, assim, estaremos contribuindo por um mundo menos cristão e integro. A juventude é o sal da terra e temos que cultivar este tempero da tão querida “mãe terra”, como é lembrada pelos nossos irmãos índios.

Ponto de discussão:

1-Como o nosso grupo tem conduzido os nossos encontros?

2-Qual tem sido o papel do animador em sua comunidade?

3- Será que precisamos mesmo de alguém que atue como animador em nosso meio? Se sim qual é o seu papel?

4-Os jovens tem tido espaço em sua comunidade?

5- A fala do grupo, sua opinião, sua música preferida tem sido expressa somente por um membro, ou todos tem tido o seu espaço?

Por Marilza Bonifácio

Fé e justiça sempre

RESPEITO AO CALENDÁRIO LITÚRGICO

Seguindo a lógica anterior, vamos falar sobre o temor de muitos cantores por ai: o calendário litúrgico. A história da igreja também é regida pelo tempo que interfere e torna as celebrações mais organizadas, cronologicamente falando.

O calendário se divide em Advento, Natal, 1º período do tempo comum, Quaresma e 2º período do tempo comum. Organizamos estes itens em três anos A, B e C. Pois é, vocês devem estar pensando: por que falamos do tempo sendo que o assunto é música? A resposta achamos quando entendemos que a música não algo a parte da celebração, enfeite, a música é a celebração em si, havendo a necessidade de concordância com as leituras bíblicas.

Saber o que cada tempo simboliza é importante para não cairmos na situação de dúvida sobre o que se cantar na missa. O tempo do advento nos remete a esperança, a espera do nascimento de Cristo, o natal o sonho se realiza nasce o menino Jesus, o tempo comum é marcado pelo amadurecimento da fé e a quaresma representa a penitência, a reconciliação com o Deus que é puro amor.

Agora que já sabemos sobre o calendário, pensemos e reflitamos em nosso grupo sobre os seguintes aspectos:

1- Como nós jovens, temos preparado as nossas celebrações? 2-As músicas tem tido significado para nós?

3- Entendemos o que se celebra através dos cantos?

4- o tempo que seguimos condiz com nossa realidade?

Por: Marilza Bonifácio

Fé e justiça sempre

O sentido do silêncio

Há coisas que são difíceis de serem ditas não é mesmo? Quem é que nunca passou por aquela experiência de não saber o que dizer? Sabe por que isto acontece? Porque na maioria das vezes as coisas não precisam da fala, não precisa ser explicada, a vivência basta.

Um elemento da música que sempre esquecemos, é o silêncio, aquele silêncio que nos remete á um pensamento, a uma lembrança, ou que simplesmente serve para respirarmos. Somos seres simbólicos e usamos de gestos para expressarmos. É preciso entender que a pausa, o som baixo, o murmúrio é música, que nos remetem á uma experiência que cativa toda a nossa percepção da vida, do outro, de Deus.

Na maioria dos ambientes que freqüentamos o que predomina é o barulho, o som, a altura, alguns elementos da música que se forma também com a presença e concepção de silêncio. Em nossas comunidades motivamos o movimento, a falas e cantos altos que muita das vezes nos bloqueiam ao encontro com Cristo e com o outro.

Perdemos a capacidade de prestar atenção, na celebração tem alguém que a todo tempo nos informa o que se passa, como se o mistério, se a presença não fosse o suficiente. Quem se propõe a cantar a liturgia deve estar ciente que o povo é ativo e não passivo, que a comunidade tem que ser conduzida a participar, e que o gesto, a postura, a maneira de pronunciar, é muito significativo e valem mais que todo o comentário.

Por Marilza Bonifácio

Fé e justiça sempre

A Importância dos cantos litúrgicos

Paz e bem a todos. É com muita alegria que venho expor um assunto que parece batido, mas que na verdade sempre a veremos de aprender sobre, refiro-me aos cantos que utilizamos em nossas celebrações eucarísticas.

Para entendermos melhor, vamos adentrar especificamente na missa. O que é está bendita missa que é celebrada no dia do Senhor? E a que ela nos convida? A partir do momento que identificarmos as respostas, com certeza ficará mais fácil de cantarmos a santa missa (e não de cantar na missa).

Somos convidados como filhos a participar do banquete, da grande festa que é a celebração eucarística ou simplesmente missa. Como muitos sabem em uma festa não se pode faltar “música”, mas tais músicas não podem ser a gosto de todo mundo como nas festas comuns, nesta os cantos devem conduzir a experiência do memorial da vida do CRISTO, que para nós é sinal de salvação.

Significa que as letras de tais canções devem obedecer à escritura (Bíblia), onde se encontra a única fonte histórica da existência de Jesus, é cantar a beleza da vida, reconhecendo as dificuldades e seguindo em frente como fez o apóstolo Paulo.

É importante entender o mistério de Cristo para sabermos por que não é adequado colocar aquela música que às vezes achamos linda, e que nos toca (exemplo para muitos é: “Como Zaqueu”), pois, tais cantos não revelam o mistério pascal, entender que a nossa relação com o ser supremo não é só para sermos sempre pecadores e ele o misericordioso, para sabermos que á uma troca, não há mistério sem a presença divina que toma sentido por meio da presença humana.

Jovem cuidado na hora de cantar a liturgia, somos inteligentes o suficiente para saber quando uma letra ou mesmo uma melodia não condiz com o bem comum. Quando bater aquela dúvida: canto ou não canto está na missa, analisemos a letra, condiz com a realidade histórica? Evidência a vida de Cristo e sua comunidade? Está no plural? Leva-nos a vivência do mistério? Se sim, com certeza estaremos utilizando bem da música litúrgica que nos aproxima de nossa fé, possibilitando-nos conhecer e valorizar a palavra e a partir de tal conhecimento amar mais nossa religião.

Uma boa sugestão é o oficio das comunidades e o oficio divino da juventude, com ele somos convidados a viver a mística de Jesus por meio do encontro, participação, recordação da vida, oração, salmos, leitura bíblica, meditação, evangelho, preces, oração universal e benção.

Por Marilza Bonifácio

Fé e justiça sempre

Esclarecimentos sobre música de movimento

Anteriormente nos serviu de discussão as músicas empregadas na liturgia (missas), as pastorais (retiros, encontros, dentre outros eventos que envolvem a juventude, tendo como característica sua realidade) e as que caracterizam o movimento. Tendo em vista que movimento não inclui apenas a renovação carismática é importante frisar que o dito sobre movimento foi referido a RCC.

Para maior entendimento falaremos especificamente sobre a renovação carismática católica. RCC é um movimento católico que surgiu nos Estados unidos em 1966 por influência de Steve Clark, ele é voltado para a experiência pessoal com Deus particularmente através do espírito santo e seus dons. No Brasil surgiu em São Paulo na cidade de Campinas, por meio dos padres Haroldo Joseph e Eduardo Dougherty. O movimento chamado de católico pentecostal se fortalece por meio dos “ministérios” (o que para nós seriam as pastorais… lembrando das conversas anteriores, do bom pastor), grupo de oração (para nós seria a comunidade em geral na sua diversidade de dons e formas de se manifestar, ou seja, oração associada à ação, ao trabalho). Tal movimento é lembrado pela realização de missas de cura e libertação, shows católicos e cristotecas.

As músicas usadas por eles são usadas especificamente assim: de louvor, de Maria, do espírito santo, de perdão (ou cura). Geralmente este processo descrito acima é roteiro para os grupos de orações de cada região, nestes encontros também acontecem adoração e pregações. Não convém a critica a renovação, mas, esperamos que a fé fosse mais atrelada à ação, que o Cristo possa ser sim o pai, mas também aquele que foi homem e veio não só por mim, nem por você, mas por todos. Enfim a doutrina utilizada por este movimento parte do individual, enquanto que a pastoral parte do todo, da comunidade em geral, a exemplo citamos as letras de suas músicas que geralmente estão na primeira pessoa do singular: “Só por ti Jesus, quero me consumir, como vela que queima no altar, me consumir de amor”… (padre Marcelo Rossi). Melodias lindas sim, que tocam sim, mas que não retratam a realidade de um conjunto e nem lhe dá impulso para o crescimento de partilha, de desenvolvimento recíproco entre membros de uma comunidade que o Cristo.

Marilza Bonifácio

Fé e justiça sempre.

A DIFERENÇA ENTRE MÚSICA DE MOVIMENTO, LITÚRGICA E PASTORAL

Olá pessoal do blog, hoje falaremos da diferença na música litúrgica, música de movimento e música pastoral. A intenção deste diálogo não é criticar as especialidades das músicas de movimento, jamais, reconheçamos que cada qual tem o direito (a liberdade) de expressar sua fé.

O assunto é delicado por isso instigante, já participei da Renovação Carismática e por tal motivo atrevo-me a falar desta temática. No movimento a música cumpre um papel predominante que é o de tocar nas pessoas (sensibilidade), muita delas são bonitas, mas a diferença se encontra na letra e no objetivo onde há predominância do eu – lírico e Deus nosso parceiro é tratado como no antigo testamento (lá no céu), o intocável.

Outra vertente é a música litúrgica que adota o pronome “nós” em vez de “eu” e estabelece uma relação bem íntima com o Jesus que é/está sempre conosco.

A música pastoral chega a ser ainda mais pé no chão do que a litúrgica, pois, a litúrgica representa a igreja, já a pastoral parte da comunidade, das pastorais e se torna comum a todos pela realidade dos grupos, por sua identidade.